
Especialistas em gestão e risco ambiental advertem que o município paranaense de Adrianópolis, no Vale do Ribeira, pode ser vítima de mais uma tragédia ambiental brasileira. As autoridades ambientais liberaram uma mineradora para explorar uma montanha feita de calcário calcítico praticamente sobre a cidade. Na temporada de chuvas fortes, o medo e o risco se multiplicam.
Do topo da mineração até o centro da cidade, são aproximadamente 400 metros. Morro abaixo. Detonações diárias já trincaram centenas de casas. Os habitantes prejudicados tentam, há alguns anos, reverter os danos que lhes são infringidos diariamente por explosões, chuva de poeira e detritos. Sem falar em mais de 1000 caminhões que diariamente transitam pela única rua existente entre a montanha e a fábrica SUPREMA CIMENTOS que explora a jazida.
Nas redes sociais a população tenta sensibilizar as autoridades. Mas uma pequena cidade de pouco mais de 5.000 habitantes não é ouvida. Afinal a arrecadação de ICMS e outros impostos parece ser mais importante do que a vida de quem ousa reclamar. Vereadores que ousaram se manifestar nas redes sociais foram impelidos ao silêncio, por razões óbvias e obscuras. No embalo da recente tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, a população local reacendeu o temor de que Adrianópolis seja uma próxima tragédia anunciada.
O Vale do Ribeira é reconhecido por sua carência de investimentos econômicos, públicos e privados. Fica na divisa entre os estados de São Paulo e Paraná. O Presidente Jair Bolsonaro morou com a família na cidade de Ribeira, na divisa entre os Estados de São Paulo e Paraná, entre os anos de 1962 e 1968. Seu pai, Geraldo Bolsonaro, era “dentista prático”.
Ribeira está na divisa entre SP e PR. Basta atravessar uma ponte nos limites de Ribeira e já estamos no estado do Paraná, na cidade de Adrianópolis. Lá temos uma montanha de calcário sendo detonada sobre a cabeça de milhares de habitantes que reclamam, protestam e tentam, sem sucesso, sensibilizar governantes gananciosos, corruptos e inescrupulosos sobre o risco que correm. Sem sucesso…
Como os órgãos ambientais concederam autorizações e licenças para uma exploração mineral dentro dos limites urbanos do município de Adrianópolis? Tudo foi liberado durante a gestão do ex-governador paranaense e atual preso preventivo Beto Richa. Coincidência?!
Em sua infância e juventude, o Presidente Bolsonaro deve ter se aventurado pelas ruas da antes segura, pequena e pacata Adrianópolis – vizinha de sua querida cidade Ribeira.
Quem sabe, tomando conhecimento deste risco de acidente em Adrianópolis, o Presidente escale seus Ministros das Minas e Energia e do Meio Ambiente para tomarem uma atitude para evitar um catástrofe iminente?

Barragens em risco
A ANA admite que o Brasil tem 45 barragens (de diferentes tipos) com risco de rompimento. Pelo menos nove barragens de rejeitos de mineração oferecem alto potencial para tragédias anunciadas, gerando perdas humanas e ambientais. Cinco delas ficam em Minas Gerais: 4 em Rio Acima e uma em Ouro Preto. Um dique de contenção em Itabirito também apresenta alto risco. As outras são Poconé (Mato Grosso), Pedra Branca do Amapari (Amapá) e Lauro Muller (Santa Catarina). Sem falar na barragem de água de Brumadinho… Temos 24.092 barragens no Brasil…
Fonte: Alerta Total.Net