CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CSB e CGTB se reuniram nesta terça (28) com sindicalistas do setor de transportes, na sede da Federação dos Rodoviários do Estado de São Paulo (FTTRESP). O objetivo foi organizar a adesão destas categorias na construção da greve nacional contra a reforma da Previdência, marcada para o dia 5 de dezembro.

Representantes das Centrais se reuniram com sindicalistas do setor de transportes

“Estamos construindo um protesto grande, que vai mostrar a enorme rejeição de toda a sociedade ao desmonte da seguridade social. Algumas pessoas alegam que o tempo é curto mobilizar, mas estamos falando dessa greve há muito tempo”, afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna).

O sindicalista disse à Agência Sindical que, além de mobilizar as bases para a construção da greve, as Centrais também estão empenhadas em fazer pressão no Congresso. “Amanhã, às 17 horas, temos encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Vamos tentar persuadi-lo a não colocar a proposta em votação este ano”, comenta.

Presidente Valdir Pestana fala sobre publicação de Edital de Convocação de Assembleia para legitimar a aprovação da Greve Geral

Valdir de Souza Pestana, presidente da Federação dos Rodoviários, reforçou que “a orientação será parar em todo o Brasil”. “Em São Paulo, estamos discutimos parar o terminal rodoviário Tietê”, diz. Na reunião, estavam dirigentes sindicais de condutores, metroviários e portuários.

Mobilização

Ficou decidido que a Federação orientará os Sindicatos a convocar assembleias, a fim de deliberar sobre a participação na greve. Além disso, Pestana colocará a proposta em reunião a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), nesta quarta (29), em Brasília.

Participaram do encontro representantes de diversos Sindicatos

Para Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, “tudo indica que a greve será decretada”. “Vamos propor a paralisação em nossa assembleia, no final desta tarde”, frisa. A categoria se reúne no Sindicato, a partir das 18h30.

CUT

Coordenador de Transportes da CUT Nacional, o portuário Eduardo Guterra explicou que a discussão teve dois sentidos: “Reafirmar a paralisação a nível nacional no ramo de transporte e focar na capital paulista, para fazer com que o transporte dê o seu recado e sua fatia de contribuição nesta luta. A discussão aqui sinaliza que vamos fazer um grande ato no dia 5”.

Ao contrário do que diz a propaganda do governo, a nova proposta apresentada por Temer não corta privilégios, como as altas aposentadorias dos parlamentares. Ela ataca apenas a classe trabalhadora, que terá de trabalhar mais se quiser receber o valor integral da aposentadoria, contribuindo por 40 anos, sem ficar nenhum período desempregado.

Fonte: Agência Sindical