Esquenta a convocação para o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos, que mobilizará milhares de trabalhadores em todo o Brasil contra a reforma trabalhista de Temer.

Desde segunda (6), dirigentes e ativistas de Confederações, Federações e Sindicatos ligados às principais Centrais Sindicais do País estão nas ruas, em panfletagens nos locais de grande concentração, para alertar e convocar a população a ocupar as ruas na próxima sexta, dia 10.

Dirigentes da CTB entregam panfletos convocando a população para dia 10 de novembro

CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, Conlutas e Intersindical afinaram os últimos detalhes da mobilização na segunda, durante reunião na sede da CUT Nacional, em São Paulo. O encontro teve a presença de dirigentes de importantes categorias, como comerciários, metalúrgicos, padeiros, papeleiros, asseio e conservação, professores e metroviários.

O presidente da Nova Central São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), disse à Agência Sindical que a entidade está se organizando para levar entre 2,5 mil e 3 mil pessoas à manifestação na capital paulista. “Foram impressos mais de um milhão de panfletos, que estamos distribuindo nas bases e para a população. Cada Sindicato assumiu uma parte do trabalho, conscientizando os trabalhadores sobre o que irão perder depois de 11 de novembro”, explica.

Luizinho pretende levar 3 mil pessoas às ruas

Perdas

“A nova lei acaba com direitos trabalhistas, com benefícios sociais históricos e deixa o trabalhador na mão dos patrões. Precisamos alertar também que, se o governo conseguir aprovar a reforma da Previdência, será muito difícil se aposentar ou ter acesso a qualquer benefício previdenciário”, ressalta Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação da categoria (CNTM/Força Sindical).

O secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, comenta que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo fechará suas portas e levará para as ruas seus 500 funcionários. Eles irão se somar aos de outras entidades ligadas à Central, que também jogarão todo seu peso no protesto.

Canindé Pegado diz que Sindicato dos Comerciários levará 500 funcionários ao protesto

Atos

Os dirigentes estimam reunir 20 mil pessoas em São Paulo. A concentração começa às 9h30 na Praça da Sé, com passeata até a avenida Paulista.

Fonte: Agência Sindical