O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a tabela de mortalidade de 2012, usada para o cálculo do Fator Previdenciário para as aposentadorias requeridas a partir de fevereiro de 2012.

Trata-se simplesmente de uma projeção, mas cujo impacto nas aposentadorias é definitivo. E dessa vez, o achatamento no valor dos novos benefícios é o maior nos últimos 11 anos: a redução média é de 1,8%, podendo chegar a 2,3% para os homens que requererem sua aposentadoria aos 62 anos de idade.

Desde a implantação do fator, a redução média no valor das novas aposentadorias era de 0,5% ao ano, com exceção de dezembro de 2013 quando a tunga foi de 11,6%, em média, porque o IBGE mudou a metodologia de cálculo.

                      

 Em dezembro de 2012, o IBGE fez uma revisão da mortalidade de 2011 com base nos dados do Censo 2010. Essa atualização levou a um resultado inédito: ao invés de aumentar em relação ao ano anterior, a expectativa de vida havia diminuído ligeiramente na população a partir de 55 anos e permanecido a mesma na faixa entre 49 e 54 anos de idade. Por isso, o redutor aplicado nas novas aposentadorias  ficou igual ou menor do que o usado nas aposentadorias concedidas até novembro de 2012.

Isso pode indicar as projeções do IBGE para a expectativa de vida foram superestimadas e acabaram não se confirmando no Censo 2010. Ainda assim, o que eram apenas estimativas se tornaram um fato definitivo, com danos irreversíveis no valor das aposentadorias.

Desta vez, o impacto dessas projeções é mais do que o triplo dos anos anteriores. Até quando os segurados terão que se sujeitar a essa perversidade?

Para ver a tabela completa do Fator Previdenciário, clique aqui.