Os dados e projeções para a economia brasileira são alentadores. O resto é pessimismo de quem torce contra e está com raiva de o País e o nosso povo estarem dando certo.

 

Marcos Verlaine*

Fonte: Diap


A ocorrência de vários eventos no País, começando agora, com o término de 2013, até o final de 2014, indica que o próximo ano vai ser exuberante para o Brasil e para nosso povo, sobretudo do ponto de vista da economia real.


O pagamento do 13º salário, em dezembro, à massa de trabalhadores formais, aposentados e pensionistas é o primeiro deles. Outros quatro eventos vão ajudar, também, a aquecer a economia – férias de final de ano, Natal, Ano Novo e Carnaval.


Mais um grande evento a ser realizado é a Copa do Mundo, que começa em 12 de junho e se encerra em 13 de julho. Um mês de competição de grande monta internacional, em doze cidades-sede (estados brasileiros), que certamente movimentará bilhões para o País, a economia e o povo.


E culmina com as eleições, que começa propriamente em 6 de julho, quando passa a ser permitida a realização de propaganda eleitoral, e se encerra entre os dias 5 outubro, com a realização do primeiro turno, e 26 outubro, com o segundo turno. Com este calendário, 2014 se anuncia exuberante!

 

Estabilidade econômica

Dado relevante expressa o quanto o País segue a passos firmes para um quadro de crescimento e estabilidade econômicos. Metade das quase 3.300 vagas de trabalhadores temporários em São Paulo, até o momento, não foram preenchidas porque as pessoas preferem aguardar a possibilidade de um emprego permanente.


“Um aumento da escolaridade desse trabalhador, uma perspectiva maior em função da estabilidade econômica contribuem para que ele aguarde até o último momento falando ‘olha, não vou arriscar em uma vaga temporária não, eu vou continuar procurando uma vaga permanente’”, explica Robson Silva Thomaz, coordenador da Secretaria de Desenvolvimento de Trabalho e Empreendedorismo do Município de São Paulo.


Quase R$ 150 bi a mais

“Até dezembro de 2013 devem ser injetados na economia brasileira pouco mais de R$ 143 bilhões em decorrência do pagamento do 13º salário. Este montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social, e para aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados”, projeta o Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.


E acrescenta: “Cerca de 82,3 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional de R$ 1.663,87, em média”.


Ainda segundo o Dieese, do “montante a ser pago a título de 13º, cerca de 20% dos R$ 143 bilhões, ou seja, pouco menos de R$ 30 bilhões, serão pagos aos beneficiários do INSS – aposentados e pensionistas. Outros R$ 100 bilhões, ou 70% do total, irão para os empregados formalizados; incluindo os domésticos. Aos aposentados e pensionistas da União, caberá o equivalente a R$ 7,2 bilhões (5%) e aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 6,3 bilhões (4,4%).”


Assim o País ingressa em 2014, que já se anuncia quente.


Os demais eventos anunciados – férias de final de ano, Natal, Ano Novo e Carnaval – também vão ajudar a aquecer a economia.


Especialistas do setor de turismo apontam que, mesmo com o inevitável aumento de preços por conta da alta temporada, esse movimento não será prejudicado, já que a estabilidade econômica e o aumento de renda das famílias permitem que as pessoas viagem cada vez mais.


Copa 2014 e o efeito multiplicador

O segundo maior evento esportivo mundial – primeiro em movimentação econômica, o maior são as olimpíadas – a Copa do Mundo terá um efeito multiplicador, segundo estudo “Brasil Sustentável – Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014”, desenvolvido pela Ernst & Young em parceria com Fundação Getúlio Vargas (FGV).


Além do investimento direto de R$ 22,46 bilhões para garantir infraestrutura e organização, a realização da competição deve gerar na economia R$ 112,79 bilhões adicionais, considerando os impactos provocados em inúmeros setores interligados, em um efeito dominó com uma série de desdobramentos econômico-sociais.


Segundo o estudo, serão gerados 3,63 milhões de empregos por ano, entre 2010 e 2014, e R$ 63,48 bilhões de renda para a população, impulsionando o consumo interno.


A arrecadação também vai ser beneficiada, com um adicional de R$ 18,13 bilhões para reforçar os cofres públicos.


O impacto direto sobre o PIB no período 2010-2014 é de R$ 64,5 bilhões – valor que correspondia a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões.


Como se vê, 2014 se anuncia exuberante! E, em razão destes números, o ano novo se anuncia mais promissor, com maior possibilidade de crescimento, investimento e estabilidade.


Aguardemos, pois.


(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap