Fonte: Jusbrasil
Salvador – O combate ao trabalho escravo em todo o estado da Bahia terá mais ações conjuntas do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Superintendência Regional da Polícia Federal. O objetivo é tornar mais ágil a montagem de operações especiais de fiscalização, normalmente motivadas por denúncias. Nesses casos, os procuradores do trabalho precisam contar com o apoio da Polícia Federal.
Mas a parceria vai além, com a previsão de participação de delegados e peritos da corporação nas ações de fiscalização com o objetivo de formalizar inquérito também na esfera criminal. O trabalho escravo no estado tem seu principal foco na região oeste, mas também é detectado em diversas outras regiões, inclusive em áreas urbanas.
“A aproximação entre o MPT e a PF é fundamental para que as ações de combate ao trabalho análogo ao de escravos ganhem mais agilidade e eficácia, garantindo uma sinalização clara para a sociedade que essa prática está sendo duramente combatida”, afirmou o procurador-chefe do MPT na Bahia, Alberto Balazeiro, que se reuniu com o superintendente da PF José Rita Martins Lara, para discutir o assunto. Ele estava acompanhado do procurador-chefe substituto Jairo Sento-Sé, e do coordenador regional de combate ao trabalho escravo do MPT na Bahia, Rafael Garcia.
Para Rafael Garcia, é preciso mesmo ter celeridade para montar as operações de regate de trabalhadores porque muitas vezes essa demora faz com que não seja possível mais fazer o flagrante.”O superintendente da PF concordou. “Quando o MPT tiver a indicação de uma operação é só nos comunicar que iremos montar uma equipe. Inclusive, podemos ainda auxiliar com a área de investigação. Faremos de tudo para deflagrar a operação no menor tempo possível”, garantiu José Lara.